Nascido em 18 de julho de 1918, na África do Sul, e filho do chefe tribal da etnia Xhosa, Nelson Mandela se formou em Direito e se tornou um dos principais símbolos dos direitos humanos.
Devido as heranças deixadas pelos colonizadores europeus na África, Mandela se deparou com um racismo brutal em seu país: o regime do apartheid. O apartheid proibia o casamento inter-racial, obrigava o registro da raça na certidão, brancos e negros viviam em áreas separadas, não haviam direitos políticos e civis dos negros, provocando diversos massacrem e mortes da população negra. Nelson, junto com Walter Sisulo e Oliver Tambo fundaram a Liga Jovem do Congresso Nacional Africano (CNA), onde não pouparam esforços para abolir as políticas do apartheid do Partido Nacional.
Preso em 1960 e sentenciado a prisão perpétua em 1964, Nelson tornou-se um forte símbolo da resistência para o movimento antiapartheid, sendo fiel a sua posição política mesmo que custasse sua liberdade.
Ao sair da prisão, em 1990, Mandela intensificou sua batalha contra a opressão para atingir os objetivos que ele e outros se propuseram a alcançar, discursando:
“Eu lutei contra a dominação branca e lutei contra a dominação negra. Eu tenho prezado pelo ideal de uma sociedade democrática e livre, na qual todas as pessoas possam viver juntas em harmonia e com iguais oportunidades. É um ideal pelo qual eu espero viver e que eu espero alcançar. Mas caso seja necessário, é um ideal pelo qual eu estou pronto para morrer”.
Em 1993, Nelson e o atual presidente da África do Sul assinaram uma nova Constituição sul-africana, preparando o país para um regime de democracia multirracial. No mesmo ano, recebeu o Prêmio Nobel da Paz.
Entre 1994 e 1999, Mandela ocupou o cargo de Presidente da África do Sul, o primeiro negro. Ele presidiu a transição do governo de minorias, conquistou o respeito internacional pela sua defesa da reconciliação nacional e internacional. Em 2006, foi premiado pela Anistia Internacional, por sua luta em favor dos direitos humanos.
O legado de Mandela permanece vivo nos jovens da África do Sul, e deve permanecer em toda a população negra mundial que luta por melhores condições de vida.
Gabriela Tanabe Relação Públicas
*Este artigo é produzido com o apoio do Fundo Baobá, por meio do Programa de Aceleração do Desenvolvimento de Lideranças Femininas Negras: Marielle Franco.
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